Arquitectura IV

Minimalismo (continuação)

Auto referencialidade e relação com o lugar:


Na maioria dos pontos atrás referidos existem também uma relação com o lugar, mas em algumas obras esta característica apresenta-se ainda mais acentuada. Nesta obra existe uma forte relação com o lugar assim com uma contextualização. Existe uma relação/ligação entre a obra e a natureza envolvente, fazendo com que esta seja bem integrada na envolvente. Sendo que se qualquer destas obras seja “exportada” para outro lugar perde todo o seu sentido e a sua essência.

A casa em Baião de Eduardo Souto Moura é um belíssimo exemplo de integração da arquitectura com a paisagem existente, situa-se no vale do Douro. No terreno onde está construída a Casa de Baião, existiam as ruínas de uma antiga casa que sugeriu como ponto de partida do projecto fossem. A ruína torna-se importante pois define os limites, como elemento fundamental da definição espacial e de obtenção da concepção do tempo, a ruína recorda-nos o passado.

Deste modo a construção da casa se resume a um só nível com uma cobertura ajardinada, a forma surge da topografia do lugar. Esta é uma casa inserida nos socalcos, onde a casa se insere subtilmente num deles. Através do grande envidraçado a natureza entre pela casa, o uso da pedra, enaltece ainda mais a relação com o sítio, sendo um material predominante e existente na sua envolvente. A cobertura é ajardinada, a forma surge devido a tipologia do lugar. Ao ser observada ao longe, não se percebe a existência daquela habitação de tão bem integrada ela está. A casa camufla-se com a natureza, fazendo desta a sua segunda pele.